Mulher larga emprego e aprende a fazer bolos para garantir sustento do filho autista: 'Transformou minha vida'
11/05/2025
(Foto: Reprodução) Jaqueline Abel Monteiro, de 37 anos, abriu um novo comércio de vendas de bolos há cinco meses em São José do Rio Preto (SP). Mãe-solo de Lorenzo, de oito anos, que é autista não verbal, ela viu no empreendedorismo a forma de sobreviver. Dia das Mães é celebrado neste domingo (11). Mulher aprende a fazer bolos para conciliar vendas com as terapias do filho com autismo em Rio Preto (SP)
Jaqueline Abel Monteiro/Arquivo pessoal
Mesmo diante dos desafios que envolvem a maternidade, uma mulher de São José do Rio Preto (SP) concilia o amor com a coragem de empreender e vende bolos para garantir o sustento do filho, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível três.
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Um levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apontou que a porcentagem de empreendedoras com filhos é de 61%. Como forma de apoio, o Sebrae possui um projeto voltado ao empreendedorismo feminino e promove de forma gratuita um workshop sobre como iniciar um negócio com planejamento e propósito.
No Dia das Mães, celebrado neste domingo (11), o g1 conta a história de Jaqueline Abel Monteiro, de 37 anos, que transformou a necessidade em oportunidade: ela cuida da casa, da família e dedica parte do tempo à gestão do comércio, aberto há cinco meses, onde vende bolos de pote, de aniversário, casamento e sobremesas.
Mãe solo de Lorenzo, de oito anos, que é autista não verbal, Jaqueline revelou que viu no empreendedorismo uma forma de sobreviver. Por isso, deixou a venda de roupas em um shopping e começou, em 2019, a vender bolos de pote na rua, ao lado do pequeno.
Filho de Jaqueline é autista nível três; ambos moram em Rio Preto (SP)
Jaqueline Abel Monteiro/Arquivo pessoal
Sem formação técnica em confeitaria, Jaqueline precisou aprender sozinha, enfrentando o cansaço e a falta de recursos para conquistar a independência financeira e a flexibilidade para cuidar do filho.
"Eu tive que empreender. Nenhuma empresa me aceitaria com um filho que precisa de cuidados especiais. Ele tem uma rotina intensa de consultas e terapias, e nem consegue passar o período completo na escola. Preciso estar em casa por ele. Eu não tinha suporte", explica Jaqueline.
O comércio cresceu, os pedidos aumentaram e surgiram as primeiras parcerias com buffets. Hoje, Jaqueline comemora a abertura da loja física, ao lado do atual marido, que deixou a carreira de técnico de manutenção em aeronaves e se tornou sócio dela.
"O bolo transformou a minha vida e a da minha família. Os bolos permitiram que eu trabalhasse com algo que eu amo e, ao mesmo tempo, conseguisse cuidar do meu filho. Com os bolos, consigo organizar meus horários e levar meus filhos nas terapias", comenta Jaqueline.
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